terça-feira, 29 de abril de 2008

Zen

Cada vez mais me identifico e fascino com a grandeza e minúcia com que foi escrita a obra de Robert Pirsig. Tenho a edição de 25º aniversário e a impressão é a melhor possível; um livro com a velocidade beat sem deflagar anarquia, e ao contrário, reavaliando a sociedade e o sistema a partir dos gregos próprios.

Hoje recebi mais uma aula de Pirsig. E persegui Aristóteles e Platão junto com ele, reunindo as idéias dos pré-socráticos e a busca pela substância imortal. Ainda não terminei o livro, mas esse clímax repleto de epifanias me faz querer devorar o livro, mas ocupado em absorver o conteúdo vasto.

Isso me lembra a história do menino Arthur, futuro rei, quando em uma andança pela floresta sente o cheiro do salmão, o peixe da sabedoria. Menino que era, foi com vontade sem atinar que o peixe estava quente na grelha e queimou a mão, o que instintivamente o fez levar a mão à boca. Foi aí que sentiu o gosto...

E como eu me sinto em meio à tanta informação vinda da base da nossa sociedade. Um menino explorador. E gosto dessa sensação.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Iniciação Científica

O modelo da hélice tríplice se fundamenta no entendimento de que o conhecimento se desenvolve dinamicamente, fluindo tanto no interior das organizações como através das fronteiras institucionais e de que a geração de riqueza pode se dar através do conhecimento produzido por arranjos institucionais entre "organizadores" do conhecimento, tais como universidades, indústrias e agências governamentais. Ela assume que a base de conhecimento e o seu papel na inovação podem ser explicados por meio de mudanças nas relações entre instituições produtoras de conhecimento, indústria e governo. No Brasil, nos últimos anos, diversas políticas de desenvolvimento têm sido propostas, a maioria delas se baseiam em programas já bem estabelecidos em outros países, como os arranjos locais, as redes, projetos de desenvolvimento regional, dentre outros.
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Com base em articulações estabelecidas entre governos, universidades e empresas (hélice tríplice), surgem novos modelos organizacionais como as incubadoras (1) de empresas de base tecnológica (2), os pólos e parques tecnológicos (3) e as tecnópolis (4), permitindo que as regiões deixem de ser vistas como espaços geográficos, para serem observadas com relação ao seu recorte setorial relacionado à inovação.

Apologética

Apologética é uma palavra derivada de "apologia" (do grego απολογία, que vem de απο + λογος). É definida pelo dicionário Houaiss como sendo "(1) Rubrica: teologia. defesa argumentativa de que a fé pode ser comprovada pela razão (1.1) Rubrica: catolicismo, teologia. parte da teologia que se dedica à defesa do catolicismo contra seus opositores (2) Derivação: por extensão de sentido (da acp. 1).defesa persistente de alguma doutrina, teoria ou idéia."

Conforme Sproul, Gerstner, Lindsley (1984:13),"Apologetics is the reasoned defense of the Christian religion", i.e., a apologética é a defesa fundamentada da religião Cristã. Como defesa fundamentada da fé, a Apologética está para a Teologia como a Filosofia está para as Ciências Humanas.

Ramm (1953:2) identifica na apologética o papel fundamental de mediar e conciliar tensões intelectuais:

...a apologética media tensões intelectuais. [Essa] mediação intelectual alivia as pressões mentais, resolvendo discrepâncias aparentes, harmonizando todos os elementos da vida mental. (...) Com o surgimento da mentalidade moderna e o conhecimento moderno, veio uma ampla gama de tensões para o apologeta Cristão mediar.

da Wikipedia.

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É, nada como a luz de Apolo para colocar as coisas em seu devido lugar. Eis o Apologeta; o pequeno Apolo. Como um crestão.

É bom renascer.

Rootless

Damien Rice - Rootless Tree

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Claude Challe et son Musique

Claude Challe

Sociedade do Conhecimento

"A economia regional passa a ser redefinida como estoque de ativos relacionais..."

MIT and the Rise of Entrepreneurs

MIT has played a distinctive role in US academia, creating formats for interaction with industry and then diffusing them to other schools. Although the idea of science as the basis of economic development is not new, policies encouraging the university to become a driver of the science-based economy are relatively new and sometimes controversial. Logically, however, much of that controversy should dissipate in the light of how the university’s engagement in this key economic role is inherent in its first mission, teaching, and manifest in its second, research. Nevertheless, just as tension has persisted between teaching and research even as it has been found to be fruitful to locate them jointly in the same institution, so may we expect a continuing friction between the university’s newest mission and its older ones.

The MIT model, combining basic research and teaching with industrial innovation, is displacing Harvard as the academic exemplar. Until quite recently, pursuing the “endless frontier” of basic research was the primary ideological justification of elite US academic institutions. 1 Harvard University was the model, with numerous schools identifying themselves as the “Harvard” of their respective regions. Such claims are seldom heard anymore. With an entrepreneurial mode increasingly followed at Harvard, and at academic institutions that model themselves upon it, the prediction that MIT would eventually conform to the traditional US research university mode has been disconfirmed.

Instead, the reverse process has occurred as liberal arts research universities adopt a mission closer to the “land grant” tradition of regional economic development, MIT’s founding purpose and historic forte.

The thesis of this book is that a new academic model - the entrepreneurial university - is created as universities combine teaching and research with the capitalization of knowledge. The university’s assumption of an entrepreneurial role is the latest step in the evolution of a medieval institution from its original purpose of conservation of knowledge to the extension and capitalization of knowledge. As the university increasingly provides the basis for economic development through the generation of social and intellectual, as well as human, capital, it becomes a core institution in society.

de MIT and the Rise of Entrepreneurial Science, do Dr. Etzkowitz

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Mistério

Não durmo.
A pessoa que sonhou não era eu. Não, de modo algum.
Era Fedro.
Ele está despertando.
Sempre soube que ele voltaria...
Agora é questão de estar preparado...

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de "Zen e a arte da manutenção de motocicletas".
Que é uma grande viagem.
Em um excelente livro.

Minarquia

Minarquismo ou minarquia é uma teoria política que prega que a função do Estado é assegurar os direitos negativos da população, isto é: impedir a coerção física da população. Ou seja, estão entre as funções do Estado a promoção da segurança, da justiça e do poder de polícia, além da criação de legislação necessária para assegurar o cumprimento destas funções. Um Estado com estas funções teria de taxar o povo em 3% ou 6% no máximo. Um exemplo disso foi o que ocorreu nos EUA durante o século XIX, quando a carga tributária girou em torno de 3%, embora este país não fosse exatamente minarquista na época.

Os defensores do minarquismo são contrários a Estados com grande peso na economia e defendem um capitalismo do tipo laissez-faire.

Diferencia-se do anarco-capitalismo porque este último não admite nem mesmo um Estado mínimo, já que acredita que é impossível frear as forças de expansão do Estado nas minarquias, que acabariam evoluindo para um Estado tradicional. De qualquer modo, as diferenças entre minarquistas e anarquistas liberais é apenas teórica. Na prática política, as duas correntes rumam na mesma direção (isto é, na direção da redução do tamanho do Estado).

O país do mundo hoje mais próximo do minarquismo, segundo os adeptos desta teoria, é Hong Kong, porque tem a melhor proteção da propriedade privada no mundo, a segunda menor carga tributária e praticamente não existem tarifas de importação e exportação. Durante os 99 anos (1898-1997) em que foi administrada sob o conceito minarquista Hong Kong se tornou uma ilha de prosperidade e riqueza, em forte contraste com a República Popular da China, dirigista e estatista. Tal foi o sucesso obtido pela filosofia minarquista que a República Popular da China decidiu conceder status autônomo ao território quando esse foi transferido de volta a seu controle, em 1997. Outras economias Asiáticas, notadamente os "Tigres Asiáticos", adotaram políticas semelhantes de baixas tarifas, governo enxuto, e confiança na economia de mercado. Talvez o melhor exemplo seja o de Singapura. Com isso obtiveram sucesso econômico que economias fortemente dirigidas como Brasil, Índia e China, não conseguiram replicar.

Historicamente, o país mais próximo do minarquismo pura foram os Estados Unidos da América durante o periodo de 1780 até 1913. Durante este período os EUA se transformaram de uma economia rural e primitiva, que possuía menos de 1% do volume de produção global, para o país mais rico e industrializado do mundo, com um terço da produção industrial global.

de Wikipedia, a enciclopédia livre.

Declaração Universal dos Direitos Humanos

de http://www.unhchr.ch/udhr/lang/por.htm

Preâmbulo
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo; Considerando que o desconhecimento e o desprezo dos direitos humanos conduziram a actos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os seres humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi proclamado como a mais alta inspiração humanos; Considerando que é essencial a protecção dos direitos humanos através de um regime de direito, para que o homem não seja compelido, em supremo recurso, à revolta contra a tirania e a opressão; Considerando que é essencial encorajar o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações; Considerando que, na Carta, os povos das Nações Unidas proclamam, de novo, a sua fé nos direitos fundamentais humanos, na dignidade e no valor da pessoa humana, na igualdade de direitos dos homens e das mulheres e se declararam resolvidos a favorecer o progresso social e a instaurar melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais ampla; Considerando que os Estados membros se comprometeram a promover, em cooperação com a Organização das Nações Unidas, o respeito universal e efectivo dos direitos humanos e das liberdades fundamentais; Considerando que uma concepção comum destes direitos e liberdades é da mais alta importância para dar plena satisfação a tal compromisso: A Assembléia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos humanos como ideal comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades e por promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação universais e efectivos tanto entre as populações dos próprios Estados membros como entre as dos territórios colocados sob a sua jurisdição.

Artigo 1°
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

Artigo 2°
Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação.Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autónomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.

Artigo 3°
Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Artigo 4°
Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a escravatura e o trato dos escravos, sob todas as formas, são proibidos.

Artigo 5°
Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.

Artigo 6°
Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento, em todos os lugares, da sua personalidade jurídica.

Artigo 7°
Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual protecção da lei. Todos têm direito a protecção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

Artigo 8°
Toda a pessoa tem direito a recurso efectivo para as jurisdições nacionais competentes contra os actos que violem os direitos fundamentais reconhecidos pela Constituição ou pela lei.

Artigo 9°
Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado.

Artigo 10°
Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja equitativa e publicamente julgada por um tribunal independente e imparcial que decida dos seus direitos e obrigações ou das razões de qualquer acusação em matéria penal que contra ela seja deduzida.

Artigo 11°
Toda a pessoa acusada de um acto delituoso presume-se inocente até que a sua culpabilidade fique legalmente provada no decurso de um processo público em que todas as garantias necessárias de defesa lhe sejam asseguradas.
Ninguém será condenado por acções ou omissões que, no momento da sua prática, não constituíam acto delituoso à face do direito interno ou internacional. Do mesmo modo, não será infligida pena mais grave do que a que era aplicável no momento em que o acto delituoso foi cometido.

Artigo 12°
Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua vida privada, na sua família, no seu domicílio ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Contra tais intromissões ou ataques toda a pessoa tem direito a protecção da lei.

Artigo 13°
Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua residência no interior de um Estado.
Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o seu, e o direito de regressar ao seu país.

Artigo 14°
Toda a pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e de beneficiar de asilo em outros países.
Este direito não pode, porém, ser invocado no caso de processo realmente existente por crime de direito comum ou por actividades contrárias aos fins e aos princípios das Nações Unidas.

Artigo 15°
Todo o indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade.
Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua nacionalidade nem do direito de mudar de nacionalidade.

Artigo 16°
A partir da idade núbil, o homem e a mulher têm o direito de casar e de constituir família, sem restrição alguma de raça, nacionalidade ou religião. Durante o casamento e na altura da sua dissolução, ambos têm direitos iguais.
O casamento não pode ser celebrado sem o livre e pleno consentimento dos futuros esposos.
A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito à protecção desta e do Estado.

Artigo 17°
Toda a pessoa, individual ou colectivamente, tem direito à propriedade.
Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade.

Artigo 18°
Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos.

Artigo 19°
Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e idéias por qualquer meio de expressão.

Artigo 20°
Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação pacíficas.
Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.

Artigo 21°
Toda a pessoa tem o direito de tomar parte na direcção dos negócios, públicos do seu país, quer directamente, quer por intermédio de representantes livremente escolhidos.
Toda a pessoa tem direito de acesso, em condições de igualdade, às funções públicas do seu país.
A vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos: e deve exprimir-se através de eleições honestas a realizar periodicamente por sufrágio universal e igual, com voto secreto ou segundo processo equivalente que salvaguarde a liberdade de voto.

Artigo 22°
Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social; e pode legitimamente exigir a satisfação dos direitos económicos, sociais e culturais indispensáveis, graças ao esforço nacional e à cooperação internacional, de harmonia com a organização e os recursos de cada país.

Artigo 23°
Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à protecção contra o desemprego.
Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual.
Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua família uma existência conforme com a dignidade humana, e completada, se possível, por todos os outros meios de protecção social.
Toda a pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas sindicatos e de se filiar em sindicatos para defesa dos seus interesses.

Artigo 24°
Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres, especialmente, a uma limitação razoável da duração do trabalho e as férias periódicas pagas.

Artigo 25°
Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.
A maternidade e a infância têm direito a ajuda e a assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozam da mesma protecção social.

Artigo 26°
Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional dever ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito.
A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos humanos e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das actividades das Nações Unidas para a manutenção da paz.
Aos pais pertence a prioridade do direito de escholher o género de educação a dar aos filhos.

Artigo 27°
Toda a pessoa tem o direito de tomar parte livremente na vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar no progresso científico e nos benefícios que deste resultam.
Todos têm direito à protecção dos interesses morais e materiais ligados a qualquer produção científica, literária ou artística da sua autoria.

Artigo 28°
Toda a pessoa tem direito a que reine, no plano social e no plano internacional, uma ordem capaz de tornar plenamente efectivos os direitos e as liberdades enunciadas na presente Declaração.

Artigo 29°
O indivíduo tem deveres para com a comunidade, fora da qual não é possível o livre e pleno desenvolvimento da sua personalidade.
No exercício destes direitos e no gozo destas liberdades ninguém está sujeito senão às limitações estabelecidas pela lei com vista exclusivamente a promover o reconhecimento e o respeito dos direitos e liberdades dos outros e a fim de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar numa sociedade democrática.
Em caso algum estes direitos e liberdades poderão ser exercidos contrariamente aos fins e aos princípios das Nações Unidas.

Artigo 30° Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada de maneira a envolver para qualquer Estado, agrupamento ou indivíduo o direito de se entregar a alguma actividade ou de praticar algum acto destinado a destruir os direitos e liberdades aqui enunciados.

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Para os anais da constituição Craftgen.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

terça-feira, 22 de abril de 2008

Promiscuo

adjetivo

1.constituído de elementos heterogêneos juntados desordenadamente; misturado, mesclado, baralhado
2.misturado ou compartilhado com elementos de conduta reprovável ou suspeita
3.que ocorre por acaso; fortuito, eventual, ocasional
4.Regionalismo: Brasil.
que tem relações sexuais com inúmeros parceiros e sem selecionar muito (diz-se de indivíduo)

do Houaiss

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[Do lat. promiscuu.]
Adjetivo


1.Agregado sem ordem nem distinção; misturado, confuso, indistinto:
“O outro [prédio], em cujo primeiro andar mora o ricaço, alberga no segundo, em montão promíscuo e doloroso, meia dúzia de famílias.” (Armindo Rodrigues, A Vida perto de Nós, p. 169.)
2.E. Ling. Obsol. V. epiceno.
3.Bras. Diz-se de pessoa que se entrega sexualmente com facilidade.

do Aurélio

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Coloquei esse post porque li num texto que "A gestão é uma ciência promíscua. Não tem relação necessária com substância ou processo". Eu creio ser um engano essa assertive, mas é provável que eu fique procurando provar algo que já tem um estigma suficientemente grande para que não se ocupe dele.

O que eu de fato procuro é uma gestão não estéril.

O Pródigo

Prodigy - Firestarter

Enciclopédia de Filosofia

A quem interessar possa e tenha certa fluência em inglês, há uma enciclopédia de filosofia da Universidade de Stanford disponível online com excelentes artigos.

http://plato.stanford.edu/

Taí o recado.

Às Almas Aquáticas

Minha escolha é ser líquido,
Por mais que ofenda os deuses Terra.
Eu escolho fluir no amor dos rios
Ou estremecer na onda dos mares.
Minha escolha é beber lágrimas,
Não engolir sentimentos.
Eu sou ser momentâneo.
Escolho ser fugaz em cada pingo de chuva ou
Intenso e perene vivendo oceano.
É minha opção viver dentro do prazer.
Eu escolho a mim,
Alma aquática.

(Sidão Tenucci, surfista)

domingo, 20 de abril de 2008

Organigraph

Quando se quer representar uma organização, geralmente se faz uso de organogramas, os quais, na prática, se tornaram irrelevantes no mundo atual (Mintzberg e Heyden, 1999), pois mostram, principalmente, a relação de poder, não conseguindo representar a dinâmica de funcionamento da organização. Em função disso, Mintzberg e Heyden (1999) experimentaram novas formas de desenhar e ver as organizações, resultando numa proposta que eles denominaram organigraph, o que pode ser desconcertante no primeiro instante para quem está habituado com a elaboração de organogramas, pois não há regras rígidas, nem um organigraph que possa ser considerado certo, como ocorre com os organogramas. Segundo Mintzberg e Heyden (1999, p. 90, grifo nosso), "para desenhar um organigraph você deve aceitar o fato de que ele mostra mais relacionamentos e processos do que nomes e títulos" dos organogramas. Um organigraph requer gerentes para criar alguma coisa que envolva imaginação e uma mente aberta, deixando o lado imagem de um organograma para um lado mapa que dá uma visão do território da organização (Mintzberg e Heyden, 1999).

O termo organigraph mistura as palavras organograma e gráfico e não elimina os organogramas e seus componentes, como caixas contendo a indicação do poder e setas com o relacionamento entre as caixas, mas introduz novos componentes que procuram refletir as várias maneiras como as pessoas se organizam atualmente no trabalho. Estes novos componentes são denominados ponto central (hub em inglês) e rede (web em inglês), conforme descreve a Figura 1.


Para estes autores, os novos componentes – ponto central (hub) e rede (web) – podem ser definidos da seguinte forma:

Um hub serve como um centro de coordenação. É qualquer ponto físico ou conceitual para o qual pessoas, coisas e informações se movem.

Webs são conexões sem um centro: elas permitem comunicação aberta e movimentação contínua de pessoas e idéias (Mintzberg e Heyden, 1999, p. 5).

O ponto central pode ser um prédio, uma máquina. Um gerente pode ser um ponto central. Além disso, uma competência essencial (core competence, conforme Prahalad e Hamel (1990)) pode ser um ponto central, como por exemplo, a ótica na Canon ou a aderência na 3M (Mintzberg e Heyden, 1999). Inserir esse componente no organigraph da organização indica que todas as atividades estão relacionadas a ele (Mintzberg e Heyden, 1999).

O ponto central (hub), que não tem uma representação gráfica específica, retrata o movimento para e de em um ponto de conexão, mas, muitas vezes, conexões são mais complicadas do que isto. Entra, então, a rede, a qual também não tem uma representação gráfica específica.

Nós somos freqüentemente lembrados de que vivemos em rede e os diferentes nós podem ser pessoas, times, computadores ou qualquer coisa mais, conectados em todos os tipos de possibilidades.

De acordo com Mintzberg e Heyden (1999), enquanto em um ponto central, os gerentes atraem e coordenam as atividades, na rede, os gerentes ligam e dão energia. Além de simplesmente introduzir novos componentes, Mintzberg e Heyden (1999) sugerem que o novo vocabulário dos organigraphs pode expandir, como vemos, as organizações, pode mesmo expandir nosso pensamento sobre a direção estratégica.

Nonaka e Takeuchi (1997) também idealizaram uma estrutura que permite identificar a base de conhecimento, a qual denominaram de estrutura hipertexto. Esta estrutura combina três contextos distintos – sistema de negócio, equipes de projeto e base de conhecimento. O contexto de sistema de negócio evidencia a estrutura funcional tradicional, voltada para as atividades de rotina. As equipes de projeto são estruturas temporárias dedicadas exclusivamente a um projeto, até a sua conclusão, as pessoas que compõem estas equipes são oriundas do contexto do sistema de negócio. Finalmente, o contexto da base de conhecimento é uma representação simbólica, que não existe como estrutura organizacional, mas evidencia a criação do conhecimento.

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do mesmo texto do post anterior, aka Gestão & Produção. Uma leve inclusão no mundo do design organizacional só tem a trazer benefícios seja qual for o bacharelado. Ademais, este Organigraph é mais em conceituar influências, relacioinamentos e processos do que hierarquias, e numa face gerencial é importante saber fazer a organização e seu desenho fluirem a melhorar os recursos.

Trabalho Moderno

A extensa literatura descreve tipologias de formas organizações, que podem ser divididas em organização baseada em trabalho e organização baseada em conhecimento (Lawler, 1994 apud Lindgren et al., 2003).

Uma organização baseada no trabalho pode ser descrita como um conjunto de máquinas que coordena bem um repertório fixo de rotinas, em que o quadro que se vê é a ordem, a previsibilidade e a hierarquia (Lindgren et al., 2003).

Drucker (1988, 1993) apud Lindgren et al. (2003, p. 21) "cunhou a frase 'trabalho de conhecimento'" como aquele que desafia a rotina e requer o uso da criatividade na sua produção, cuja importância é crescente na sociedade emergente pós-industrial (Blackler, 1995 apud Lindgren et al., 2003). Conforme Lindgren et al. (2003), esse conceito é estendido para as organizações que convivem em um ambiente de mudanças, sob exigências inesperadas e um aprendizado contínuo. Neste tipo de organização, os autores argumentam que há uma necessidade constante de inovação, que requer o uso de sistemas de competências desenvolvidas sobre os próprios interesses dos indivíduos no trabalho e que possam ser utilizados pela organização baseada em conhecimento.

de Gestão & Produção vol.12 no.3 São Carlos Sept./Dec. 2005

sábado, 19 de abril de 2008

Sofis

Sofisticado
adjetivo
que se sofisticou

1 enganado com sofismas
2 que foi alterado fraudulentamente; falsificado, adulterado
3 que tem sutileza ou utilidade sofística
4 que não é natural; postiço, artificial, afetado
5 falsamente intelectual ou rebuscado
Ex.: linguagem s.
6 que tem requinte, originalidade, bom gosto; fino, requintado
Ex.:
7 que demonstra conhecimentos profundos e atualizados sobre (alguma coisa); profundo, complexo, erudito
Ex.:
8 que é muito avançado, complexo, bem aparelhado, eficiente; aprimorado
Ex.: exame s. do cérebro

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Sabedoria
substantivo feminino

1 qualidade de sábio
Ex.: a s. dos seus atos a todos impressionava
2 caráter do que é dito ou pensado sabiamente
Ex.: a s. do filósofo
3 acúmulo de muitos conhecimentos; grande instrução, ciência, erudição, saber
Ex.: mestre reconhecido por sua grande s.
4 justo conhecimento, natural ou adquirido, das verdades; conhecimento da verdade
Ex.: não era culto, mas tinha a s. da vida
5 massa dos conhecimentos adquiridos; ciência
Ex.: a s. dos astecas é notável para a época
6 prudência e moderação no modo de agir; temperança, reflexão
Ex.: ela é a voz da s.
7 Regionalismo: Brasil. Uso: informal.
virtude de esperto; astúcia, manha
Ex.: iludia muita gente com sua s.
8 Rubrica: religião.
discernimento inspirado nas coisas sobrenaturais e humanas
Ex.: o dom da s.

Fonte: Dicionário Houaiss
...

Ainda não pensei o suficiente nesse paradoxo das palavras derivadas de sabedoria, mas são por vezes interessantes. É bom saber o sabor das coisas, porém eles não são a coisa em si, já dizia Lacan. Está no éther, ou Kether, diziam os sábios. Ou melhor, não diziam nada.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

A Alma na Formação do Brasil

Ilton Dellandrea (do Jus Sperniandi) foi leitor do Pasquim e agora, com a indenização milionária que Jaguar e Ziraldo ganharam, acha que está na hora de cobrar uma dívida antiga:

Prezados Ziraldo e Jaguar:

Eu fui fã nº 1 de O Pasquim. Em seguida saberão por quê. Por isto me sinto traído pela atitude de vocês (Ziraldo e Jaguar). Vocês, recebendo essa indenização milionária, fizeram exatamente aquilo que criticavam na época: o enriquecimento fácil e sem causa emergente da e na estrutura ditatorial.
Na verdade, vocês se projetaram com a Ditadura. Vocês se sustiveram da Ditadura. Vocês se divertiram com a Ditadura. Está bem, vocês sofreram com a Ditadura, mas, exceto aquela semanada na cadeia - que parece não foi tão sofrida assim -, nada que uma entrevista regada a uísque e gargalhadas na semana seguinte não pudesse reparar. A cada investida da Ditadura vocês se fortaleciam e a tiragem seguinte do jornal aumentava consideravelmente.
Receber um milhão de reais e picos por causa daquela semana, convenhamos, é um exagero, principalmente quando se considera que o salário mínimo no Brasil é de R$ 480,00. Por mês...
Vocês não podem argumentar que a Ditadura acabou com o jornal. Seria a mais pura mentira, se é que a mentira pode ser pura. O O Pasquim acabou porque vocês se perderam. O O Pasquim acabou nos estertores da Ditadura porque vocês ficaram sem o motor principal de seu sucesso, a própria Ditadura. Vocês se encantaram com a nova ordem e com a possibilidade de a Esquerda dominar este país que não souberam mais fazer humor. Tanto que mais tarde voltaram de Bundas - há não muitos anos - e de bunda caíram porque foram pernósticos e pedantes. Vocês só sabiam fazer uma coisa: criticar a Ditadura e não seriam o que são sem ela.
Eu vi o nº 1 de O Pasquim num tempo em que não tinha dinheiro para adquiri-lo. Mais tarde, estudante em Florianópolis, passei a comprá-lo toda semana na rua Felipe Schmidt, próximo à rua 7 de Setembro, numa banca em que um rapaz chamado, se não me engano Vilmar, reservava um exemplar para mim. Eu pagava no fim do mês.
Formado em Direito, em 1976 fui para Taió. Lá assinei o jornal que não chegava na papelaria do meu amigo Horst. Em 1981 vim para o Rio Grande do Sul e morando, inicialmente, em Iraí, continuei assinante. Em fins de 1982 fui promovido para Espumoso e sempre assinante. Eu tenho o nº 500 de O Pasquim, aquele que foi apreendido nas bancas e que os assinantes receberam...
Nessa época, não sei se lembram, o jornal reduziu drasticamente seu número de folhas. Era a crise. Era um arremedo do que fora, mas ainda assim conservava alguma verve. A Ditadura estava saindo pelas portas dos fundos e vocês pelas portas da frente, famosos e aplaudidos.
Vocês lançaram uma campanha de assinaturas. Eu fui a campo e consegui cinco ou seis. Em Espumoso! Imaginei que se cada assinante conseguisse cinco assinaturas, ajudaria muito.
Eu era Juiz de Direito. Convenhamos: não fica bem a um Juiz sair vendendo assinatura de jornal. Mas fiz isto com o único interesse de ajudar o O Pasquim a se manter. Na verdade, as assinaturas foram vendidas a amigos advogados aos quais explanei a origem, natureza e linha editorial do jornal. Uns cinco ou seis adquiriram assinaturas anuais.
No máximo dois meses depois todos paramos de receber o jornal, que saiu de circulação. O O Pasquim deu o calote... Eu fiquei com cara de tacho e, como se diz por aqui, mais vexado que guri cagado. Sofri constrangimento por causa de vocês. Devo pedir indenização por isto? Não. Esqueçam!
Mas agora que vocês estão milionários, procurem nos seus registros e devolvam o dinheiro dos assinantes de Espumoso que pagaram e não receberam a assinatura integral. Naquele tempo vocês não tinham como fazê-lo. Agora têm. Paguem proporcionalmente, mas com juros e correção monetária, como manda a lei.
Caso contrário, além de traidores, serei obrigado a considerá-los também caloteiros."

Momento

"Tudo é feito de Deus".

Rugabowls

quarta-feira, 16 de abril de 2008

The Business of Design

In an economy where style is king, we all need to start thinking and acting more like design.

Quick, what's your IQ? No, not your intelligence quotient -- your imagination quotient. In this turbulent, get-real economy, the advantage goes to those who can outimagine and outcreate their competitors. So says Roger Martin, who has devoted his professional life to the study of competition -- first as a director at Monitor Co., the Boston-based consultancy, and now as dean of the University of Toronto's Rotman School of Management.

Martin believes that the North American economy is radically transforming. As the production of goods and services increasingly becomes routinized, the cost advantages across a growing array of industries accrue to China and India. Scale alone is not enough to thrive in a world where markets are rapidly globalizing; incremental improvement won't deliver a decent ROI.

The upshot, says Martin, is nothing less than the emergence of the design economy -- the successor to the information economy, and, before it, the service and manufacturing economies. And that shift, he argues, has profound implications for every business leader and manager among us: "Businesspeople don't just need to understand designers better -- they need to become designers."

In a global economy, elegant design is becoming a critical competitive advantage. Trouble is, most business folks don't think like designers.

Bill Breen is Fast Company's senior projects editor. He is based in Boston.

http://www.fastcompany.com/

...

São esses encontros que nos dizem particularmente a confirmação de que está-se a ir na direção correta e que os estudos não são um hobby e capricho de uma mente vagabunda. Patterns rules!

Antroposofia

Três coisas condicionam o rumo que toma a vida de um homem entre o nascimento e a morte. E triplicemente é ele assim dependente de fatores que se situam aquém do nascimento e além da morte.

O corpo está sujeito às leis da hereditariedade;

A alma, ao destino criado pelo espirito. Esse destino criado pelo homem é denominado com a antiga palavra karma;

E o espirito obedece às leis da reencarnação, das repetidas vidas sobre a terra.

A relação de corpo, alma e espirito, pode ser expressa ainda assim: imperecivel é o espirito; nascimento e morte dominam a corporalidade segundo as leis do mundo fisico: a vida anímica, sujeita ao destino, serve para unir o espirito e a corporalidade durante uma vida terrena.

Todos os demais conhecimentos sobre a natureza do homem pressupõem o conhecimento dos "tres mundos" a que ele pertence. Uma pessoa que encara sem preconceitos os fenomenos da vida e não teme seguir as idéias que se lhe apresentam até suas ultimas consequencias, pode alcançar pela pura lógica a ideia das repetidas vidas sobre a terra e as leis do destino.

Tal como é verdade que as vidas anteriores se descortinam ao vidente com os "olhos espirituais" abertos como que num livro aberto, e como experiencia, não menos certo é que a verdade de todas essas coisas pode impor-se à razão de quem as contempla.

Rudolf Steiner

Entrevista com a Dra. Rita Levi

A Dra. Rita Levi, que tem 98 anos, recebeu o Prêmio Nobel de Medicina há 21 anos, quando tinha 77 ! Rita Levi Montalcini nasceu em Turín, Itália em 1909 e obteve o titulo de Medicina na especialidade de Neurocirurgia. Por causa de sua ascendência judia se viu obrigada a deixar a Itália, um pouco antes do começo da II Guerra Mundial. Emigrou para os Estados Unidos onde trabalhou no Laboratório Victor Hambueger, do Instituto de Zoologia da Universidade de Washington de San Louis. Seus trabalhos junto com Stanley Cohen serviram para descobrir que as células só começam a se reproduzir quando recebem a ordem para isso, ordem que é transmitida por umas substâncias chamadas fatores do crescimento. Obteve o Prêmio Nobel de Fisiologia no ano 1986, que compartilhou com Stanley Cohen.

Não deixem de ver a biografia no link abaixo.

http://it.wikipedia.org/wiki/Rita_Levi-Montalcini

ENTREVISTA

- Como vai celebrar seus 100 anos?
- Ah, não sei se viverei até lá, e, além disso, não gosto de celebrações. No que eu estou interessada e gosto é do que faço cada dia.!
- E o que você faz?
- Trabalho para dar uma bolsa de estudos para as meninas africanas para que estudem e prosperem ..Elas e seus paises. E continuo investigando, continuo pensando.
- Não vai se aposentar?
- Jamais! Aposentar-se é destruir cérebros! Muita gente se aposenta e se abandona... E isso mata seu cérebro. E adoece.
- E como está seu cérebro?
- Igual a quando eu tinha 20 anos! Não noto diferença em ilusões nem em capacidade. Amanhã vôo para um congresso médico.
- Mas terá algum limite genético ?
- Não. Meu cérebro vai ter um século..., mas não conhece a senilidade..O corpo se enruga, não posso evitar, mas não o cérebro!
- Como você faz isso?
- Possuímos grande plasticidade neural: ainda quando morrem neurônios, os que restam se reorganizam para manter as mesmas funções, mas para isso é conveniente estimulá-los!
- Ajude-me a fazê-lo.
- Mantenha seu cérebro com ilusões, ativo, faça ele trabalhar e ele nunca se degenera .
- E viverei mais anos?
- Viverá melhor os anos que vive, é isso o interessante. A chave é manter curiosidades, empenho, ter paixões....
- A sua foi a investigação cientifica?
- Sim e segue sendo.
- Descobriu como crescem e se renovam as células do sistema nervoso...
- Sim, em 1942 : dei o nome de Nerve Growth Factor (NGF, fator do crescimento nervoso), e durante quase meio século houve dúvidas, até que foi reconhecida sua validade, e em 1986, me deram o prêmio por isso.
- Como foi que uma garota italiana dos anos vinte converteu-se em neurocientista?
- Desde menina tive o empenho de estudar. Meu pai queria me casar bem, que fosse uma boa esposa, boa mãe... E eu não quis. Fui firme e confessei que queria estudar.
- Seu pai ficou magoado?
- Sim, mas eu não tive uma infância feliz : sentia-me feia, tonta e pouca coisa..Meus irmãos maiores eram muito brilhantes e eu me sentia tão inferior...
- Vejo que isso foi um estimulo...
- Meu estimulo foi também o exemplo do médico Albert Schweitzer, que estava em África para ajudar com a lepra. Desejava ajudar aos que sofrem , isso era meu grande sonho...!
- E você o tem feito... com sua ciência.
- E, hoje, ajudando as meninas da África para que estudem. Lutamos contra a enfermidade, a opressão da mulher nos paises islâmicos, por exemplo, além de outras coisas...!
- A religião freia o desenvolvimento cognitivo?
- A religião marginaliza muitas vezes a mulher perante o homem, afastando-a do desenvolvimento cognitivo, mas algumas religiões estão tentando corrigir essa posição.
- Existem diferencias entre os cérebros do homem e da mulher?
- Só nas funções cerebrais relacionadas com as emoções, vinculadas ao sistema endócrino. Mas quanto às funções cognitivas, não há diferença alguma.
- Por que ainda existem poucas cientistas?
- Não é assim! Muitos descobrimentos científicos, atribuídos a homens, realmente foram feitos por suas irmãs, esposas e filhas.
- É verdade?
- A inteligência feminina não era admitida e era deixada na sombra. Hoje, felizmente, há mais mulheres que homens na investigação cientifica: as herdeiras de Hipatia!
- A sábia Alexandrina do século IV...
- Já não vamos acabar assassinadas nas ruas pelos monges cristãos misóginos, como ela. Claro, o mundo tem melhorado algo...
- Ninguém tem tentado assassinar a você...
- Durante o fascismo, Mussolini quis imitar o Hitler na perseguição dos judeus..e tive que me ocultar por um tempo. Mas não deixei de investigar : tinha meu laboratório em meu quarto...E descobri a apoptose, que é a morte programada das células!
- Por que há uma alta porcentagem de judeus entre cientistas e intelectuais?
- A exclusão estimula entre os judeus os trabalhos intelectivos e intelectuais: podem proibir tudo, mas não que pensem! E é verdade que há muitos judeus entre os prêmios Nobel...
- Como você explica a loucura nazista?
- Hitler e Mussolini souberam como falar ao povo, onde sempre prevalece o cérebro emocional por cima do neocortical, o intelectual. Conduziram emoções, não razões!
- Isto está acontecendo agora?
- Por que você acha que em muitas escolas nos Estados Unidos é ensinado o creacionismo e não o evolucionismo?
- A ideologia é emoção, é sem razão?
- A razão é filha da imperfeição. Nos invertebrados tudo está programado: são perfeitos. Nós não. E, ao sermos imperfeitos, temos recorrido à razão, aos valores éticos : discernir entre o bem e o mal é o mais alto grau da evolução darwiniana!
- Você nunca se casou ou teve filhos?
- Não. Entrei no campo do sistema nervoso e fiquei tão fascinada pela sua beleza que decidi dedicar todo meu tempo, minha vida!
- Lograremos um dia curar o Alzheimer, o Parkinson, a demência senil?
- Curar...O que vamos lograr será frear, atrasar, minimizar todas essas enfermidades.
- Qual é hoje seu grande sonho?
- Que um dia logremos utilizar ao máximo a capacidade cognitiva de nossos cérebros.
- Quando deixou de sentir se feia?
- Ainda estou consciente de minhas limitações!
- Que tem sido o melhor da sua vida?
- Ajudar aos demais.
- O que você faria hoje se tivesse 20 anos?
- Mas eu já estou fazendo!!!!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Contingência

contingência
[Do lat. contingentia.]
Substantivo feminino

1.Qualidade do que é contingente.
2.Incerteza sobre se uma coisa acontecerá ou não.
3.Com. Cota, quinhão, contingente.

...

contingente
[Do lat. contingente.]
Adjetivo de dois gêneros

1.Que pode ou não suceder; eventual, incerto: “Seria possível uma associação, embora contingente e passageira, entre as duas classes?” (Graciliano Ramos, Memórias do Cárcere, I, p. 71.)
2.Que, entre muitos, compete a cada um.
3.Filos. Diz-se das coisas e dos acontecimentos que se concebem, sob qualquer um dos aspectos da sua existência, como podendo ser ou não ser, não trazendo em si a razão da sua existência. [Opõe-se, nesta acepç., a necessário (3). Cf. nesta acepç.: acidental (3) e casual (1).]
4.Lóg. Diz-se de uma proposição cuja verdade ou falsidade só pode ser conhecida pela experiência e, não, pela razão.
5.Lóg. Diz-se de função lógica que ora se converte numa proposição verdadeira, ora numa proposição falsa, conforme os valores assumidos por suas variáveis. ~ V. crédito —. Substantivo masculino
6.Cota, quinhão.
7.Porção de homens que cada circunscrição territorial tem de dar para o serviço militar: “sabia que era esperado a toda a hora o vapor da Companhia do Amazonas, que devia levar o contingente de recrutas para a capital.” (Inglês de Sousa, Contos Amazônicos, p. 23).
8.Econ. Com. Nos países de economia protecionista, reserva de produtos importáveis e exportáveis.
9.Mil. Grupamento temporário de homens, estabelecido para executar determinada tarefa: contingente de desembarque.

...

Aqui jaz o radical da Teoria das Contingências em Teoria Geral da Administração aka TGA, uma das mais novas e em muitos livros a mais contemporânea, ponto de partida para as mais novas teorias quântica e holística. Também é contingencial o sistema atitudinal de um indivíduo, segundo o Zen.

Marketing Multinível

Artigo por John Milton Fogg

Um terremoto está para chegar. De fato, os seus primeiros tremores já começaram. As fundações econômicas estão perceptivelmente a tremer; há rachaduras finíssimas a alastrar ao longo das paredes de estuque dos nossos hábitos domésticos de consumo; os quadros perfeitamente emoldurados da atual realidade fiscal estão começando a cair dessas paredes. Parece que vai atingir o grau 8 (ou mais), na escala econômica de Richter e só um homem parece ser capaz de ouví-lo chegar.

Todas as gerações, entre milhares de comentadores sociais brilhantes ou meramente inteligentes, produzem um ou dois visionários, com visões espetaculares, capazes de ultrapassar os limites da sua própria especialidade e irromper por entre todas as disciplinas. Temos os nossos Benjamin Franklins, os nossos Buckminster Fullers e... Paul Zane Pilzer, o homem que capta as mudanças sísmicas na nossa economia.

O Sr. Pilzer prontamente assume que não tem qualquer bola de cristal: tudo se encontra nas informações. Contudo, o autor por três vezes "best-seller" do New York Times e assessor econômico de duas administrações presidenciais, tem uma habilidade extraordinária para reunir uma grande quantidade de fatos e números e daí retirar um significado relevante. As suas visões extraordinárias têm atraído, há mais de uma década, as atenções dos distribuidores de Marketing Multinível.

Agora, ele está de volta com uma nova mensagem: estamos testemunhando o nascimento explosivo de uma nova indústria de um trilhão de dólares e os distribuidores por todo o mundo estão posicionados para estarem na vanguarda dessa explosão.

Após dois séculos de oportunidade econômica para os pioneiros da fabricação, entra-se agora na era da distribuição. Atualmente, quem vai ter a maior oportunidade de riqueza são aqueles que concordam com o que o Sr. Pilzer chama de "distribuição intelectual". O mesmo conceito que descreve o Marketing Multinível.

Entrevista com Paul Zane Pilzer aqui

Disciplina

"A única disciplina é estar diante da natureza e não dos homens. Depender de uma vontade estranha, é ser escravo. Porém, esse é o destino de todos os homens. O escravo depende do senhor e o senhor do escravo. Condição que se torna ou suplicante ou tirânica ou as duas simultaneamente. Pelo contrário, diante da natureza inerte, não temos outro remédio que não seja pensar." (Simone Weil, in 'A Gravidade e a Graça')

A disciplina hoje me parece sempre válida, pois sempre há de desenvolver juízo e retidão devido à sua natureza. Eu nunca fui um dos mais disciplinados, e me emporcalhei muito tempo com a lama que eu chafurdava, porém hoje a disciplina é algo que me crucifico e um dos maiores tesouros que consigo encontrar pela humanidade; é a mãe do sucesso, dizia Sêneca.

"Uma pequena autocoerção, aplicada no lugar correcto, previne muitas coerções vindas do exterior, assim como um pequeno recorte no círculo próximo ao centro corresponde a um outro cem vezes maior na periferia." (Schopenhauer)

Essa geometria é tão linda que me fez pensar nos matemáticos e na disciplina que é gerida em toda escola, na disciplina do processo civilizatório, na disciplina jesuítica, na disciplina monástica, na disciplina atlética e na disciplina necessária a qualquer técnica ou arte. É como um fractal, com a diferença de se integralizar ao invés de fractalizar. A disciplina é o que faz a matéria existir, é o segredo dos yogues, o nível de vibração, do espiritismo, da magia, dos neurofisiologistas, dos psíquicos, o segredo do desenvolvimento.

Li um texto que dizia: O que Gandhi, Charles Chaplin, Einstein e Wiston Churchill tinham em comum? E o que Buda e Santos Dumont compartilhavam? É difícil encontrar algum em comum entre figuras tão díspares, não é mesmo? Mas a resposta é muito simples, e nela reside a razão da grandeza de cada um deles. Todos foram pessoas disciplinadas.

Nenhum deles jamais teria conseguido o que conseguiu se não tivesse realizado um esforço continuado. É certo que Einstein era um gênio - mas de que isso adiantaria se ele não tivesse dedicado horas e horas ao estudo e às questões que permitiram que formulasse a Teoria da Relatividade?

Buda era um santo que já nasceu diferente? Segundo ele próprio, não era. Sempre afirmou que qualquer um podia alcançar a iluminação - desde que colocasse isso como sua meta de vida e trabalhasse disciplinadamente para tanto. Gandhi exigiu de si mesmo uma disciplina férrea, voltada para o seu ideal de libertação e integração da Índia. Graham Bell, o inventor do telefone, colecionou uma série infindável de fracassos antes de obter sucesso - mas continuou em frente.

Eu terminaria por aqui, se não houvesse um texto de Fernando Pessoa aka Ricardo Reis falando sobre o tema. Então mais um pouco ao poeta:

"A disciplina é sempre exterior, embora nem sempre aplicada de fora. As leis do meu temperamento nunca podem constituir uma disciplina minha. Uma disciplina é um princípio regrador da vida e da obra, que a inteligência aceita como verdadeira, e a sensibilidade aceita por boa. Sem a acção sobre tanto sensibilidade como inteligência, não há disciplina: se a inteligência aceita e a sensibilidade não, há um mero diletantismo; se o inverso, há um conflito esterilizante, anarquisador. Os românticos eram cristãos da sensibilidade e pagãos do pensamento; os neoclássicos eram cristãos do pensamento e pagãos da sensibilidade. Por isso a arte de uns e de outros resultou débil e, desde nada, caduca." (Fernando Pessoa, in 'Ricardo Reis -
Prosa')

Pode vir de fora ou de dentro, mas é sempre a natureza e nossa relação com ela que demandam uma atitude respeitosa e por isso ética. Jorge Paulo Lehman disse que ele e sua equipe funcionam (ele é co-dono da Interbev, da Americanas e do Garantia) porque permitem que todos se realizem. E essa realização sem perda noética é fruto também de uma grande disciplina. A mãe do sucesso.

Estou emocionado com o poder da disciplina.

Fedro quase retorna.

domingo, 13 de abril de 2008

Domínio Público

Há uma biblioteca digital feita em software livre que disponibiliza obras literárias de domínio público em meio digital. São obras de literatura brasileira, portuguesa, italiana, inglesa, como as obras de Shakespeare, obra de Dante, obras de ciência, Aristóteles, a carta de Pero Vaz de Caminha, Eça de Queirós, Machado de Assis, Fernando Pessoa, José Saramago, vídeos, documentários, dentre tantos. O sistema é bom, a pesquisa é bem feita e os assuntos são diversos. O acervo é todo de obras de domínio público para uso completo sem restrições.

http://www.dominiopublico.gov.br/

Faze bom uso.

Electronica

Days go By - Dirty Vegas

sábado, 12 de abril de 2008

Pity

Bob Marley - Running Away

Rizomeando

Na teoria do caos, atratores estranhos são sistemas dinâmicos atraentes e magnéticos que quando entram em estado de caos passam a ser designados como tais. Em 1970, físicos passaram a estudar os sistemas dinâmicos do imprevisível, denominando-os de atratores estranhos, expressão usada por David Ruelle e Floris Takens. Pelo fato dos atratores não serem nem curvas e nem superfícies lisas, mas objetos de dimensões não inteiras, Benoît Mandelbrot denominou-os de fractais.

Cientificamente

Mais uma vez me enveredo pelos caminhos da ciência, e ademais começarei mais um novo projeto com um recente camarada, veremos no que dará ao futuro. Aqui continua, meu cantinho pessoal que continuo cuidando com esmero.

Hoje comprei 2 livros, um essencial pelo que já me falaram na universidade, o livro de quem primeiro cientifizou a teoria geral dos sistemas. Esse é inclusive o nome do livro, de Ludwig von Bertalanffy, texto compilado de 1968, porém com publicações desde 1949. Será uma odisséia.

Falando nisso, essa egotrip é para falar que voltei à vereda da ciência, e é nela que resolvo ganhar meu dinheiro e minha vida. A fama, aquela devassa, não mais me encantará.

Scriptum est.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Religião

"A mais profunda emoção que experimentamos é inspirada pelo mistério. É o que inspira a verdadeira arte e a boa ciência. Quem não é mais capaz de questionar e maravilhar-se está mais morto que vivo, com sua visão comprometida (...). A existência de algo que nós não podemos penetrar, a percepção da mais profunda razão e da beleza mais radiante no mundo à nossa volta, que apenas em suas formas mais primitivas são acessíveis às nossas mentes - esse conhecimento e emoção constituem a verdadeira religiosidade..."

Albert Einstein

Página 3

Um conhecido meu do tempo beneditino está há algum tempo escrevendo pro O Dia, agora com uma página inteira na parte de Cultura. Bem, não é 100% cultura na acepção intelectual do termo, e é quase tudo da vida alheia falando sobre atores e burbúreos. O que salva e por isso está aqui são suas sacadas sobre os bastidores do poder com algumas peculiaridades dignas de um OSB. Vai lá Astuto, arrete-toi!

terça-feira, 8 de abril de 2008

Caosmose

"Por intermédio dos espaços virtuais que os exprimiriam, os coletivos humanos se jogariam a uma escritura abundante, a uma leitura inventiva deles mesmos e de seus mundos. Como certos manifestantes desse fim de século gritaram nas ruas “Nós somos o povo”, poderemos então pronunciar uma frase um pouco bizarra, mas que ressoará de todo seu sentido quando nossos corpos de saber habitarem o cyberspace: “Nós somos o texto.” E nós seremos um povo tanto mais livre quanto mais nós formos um texto vivo."

Pierre Lévy

de caosmose.net

Zen e a arte de Manutenção de Motocicletas

"Refiro-me à paz de espírito interior, que não tem relação nenhuma com as circunstâncias exteriores. Pode ocorrer num monge em meditação, num soldado em combate ou num mecânico que tira com a lima aquele último milésimo de centímetro. Envolve um esquecimento de si que produz a perfeita identificação com as circunstâncias. Existem diversos níveis de identificação e diversos níveis de quietude, tão profundos e tão difíceis de atingir quanto os níveis superiores de atividade, mais conhecidos. As montanhas da realização exterior são descobrimentos da Qualidade efetuados numa única direção; são relativamente insignificantes e quase sempre inalcançáveis, a menos que sejam buscados juntamente com as profundezas oceânicas da auto-consciência - que não significa lembrança de si - resultantes da paz interior do espírito.

Essa paz interior ocorre em três níveis. A quietude física parece a mais fácil de obter, embora também tenha diversos graus, como provam os místicos da Índia, que conseguem permanecer enterrados vivos por vários dias. A quietude mental, que elimina os pensamentos errantes, parece mais difícil, mas pode ser alcançada. Já a quietude dos valores, na qual a pessoa não tem nenhum desejo errante, mas simplesmente executa sem nenhum desejo os atos de sua vida - essa parece ser a mais difícil de todas."

Robert Maynard Pirsig

...

Esse é um dos livros mais geniais que li, e me identifico bastante com o Pirsig por razões que quem conviveu comigo sabe. É um livro onde ele procura, em discursos no meio de uma viagem com o filho, lançar uma fundação que unifica o que ele chama de realidades clássica e romântica, a discriminação e os sentidos, fazendo-os gravitar em torno desse conceito que ele chama de Qualidade. A união entre a ciência e a arte, entre a tecnologia e a natureza, entre a loucura e a genialidade. Pirsig vai confrontando a realidade da mecânica conceitual com a percepção direta que é aclamada no Zen, e faz esse paralelo na medida que viaja e vai cuidando de sua tecnologia, a motocicleta que o carrega nas estradas nessa viajem pelo renascimento de uma parte silenciada de si.

É meio beatnik, porém zen, meio viajante, porém iluminista. Altamente recomendável.

domingo, 6 de abril de 2008

Rolling Stones

Shine a Light Trailer


Mick Jagger arrebentando, Keith Richards muito junkie, alguns momentos com lampejos da genialidade do Scorcese, mas é um show, não um documentário. Esperava algo na linha de 'No Direction Home', que o próprio Scorcese dirigiu sobre a vida do Bob Dylan, e nisso me decepcionei bastante.

Mas ver o Mick Jagger em ação é algo impressionante.

Alexandre, o Grande

A poderosa figura de Alexandre III pertence ao reduzido grupo de homens que definiram o curso da história humana. Seu gênio militar se impôs sobre o império persa e assentou as bases da frutífera Civilização Helenística. Alexandre III nasceu em 356 a.C. no palácio de Pella, Macedônia. Filho do rei Felipe II, cedo se destacou como um rapaz inteligente e intrépido. Quando o príncipe tinha 13 anos, seu pai incumbiu um dos homens mais sábios de sua época, Aristóteles, de educá-lo. Alexandre aprendeu as mais variadas disciplinas: retórica, política, ciências físicas e naturais, medicina e geografia, ao mesmo tempo em que se interessava pela história grega e pela obra de autores como Eurípides e Píndaro. Também se distinguiu nas artes marciais e na doma de cavalos, de tal forma que em poucas horas dominou o Bucéfalo, que viria a ser sua inseparável montaria. Alexandre percebeu que o animal temia a própria sombra e voltou-o contra o sol, conseguindo desta maneira doma-lo. Na arte da guerra recebeu lições do pai, militar experiente e corajoso, que lhe transmitiu conhecimentos de estratégia e lhe inculcou dotes de comando. O enérgico e bravo jovem teve oportunidade de demonstrar seu valor aos 18 anos, quando, no comando de um esquadrão de cavalaria, venceu o batalhão sagrado de Tebas na Batalha de Queronéia em 338 a.C. Depois do assassinato de seu pai em 336 a.C., Alexandre subiu ao trono da Macedônia e se dispôs a iniciar a expansão territorial do reino. Para tão árdua empreitada contou com poderoso e organizado exército, dividido em infantaria, cuja principal arma era a zarissa (lança de grande comprimento) e cavalaria, que constituía a base do ataque.


Imediatamente depois de subir ao trono, Alexandre enfrentou uma sublevação de várias cidades gregas e as incursões realizadas no norte de seu reino pelos Trácios e Ilírios, aos quais logo dominou. Em contrapartida, na Grécia, a cidade de Tebas opôs grande resistência, o que o obrigou a um violento ataque no qual morreram milhares de tebanos. Pacificada a Grécia, o jovem rei elaborou seu mais ambicioso projeto: a conquista do Império Persa, a mais assombrosa campanha da antigüidade. Em 334 a.C. cruzou o Helesponto, e já na Ásia avançou até o Rio Granico, onde enfrentou os persas pela primeira vez e alcançou importante vitória. Em Sardes, na Lídia, de posse de seu tesouro, Alexandre construiu um templo a Zeus, no local do antigo palácio real do rei Croesus. Zeus, o Deus padroeiro da Macedônia, encontra-se no reverso de quase toda cunhagem de prata de Alexandre, sentado no trono e segurando uma águia, segundo a famosa Estátua de Fídias em Olímpia. O verso traz Hércules com seu capuz de máscara de leão morto em Neméia. À medida que as fontes de cunhagem marchavam para leste, o Zeus, esculpido por operários não gregos, torna-se crescentemente vago e o Hércules cada vez mais parecido com Alexandre.


Alexandre prosseguiu triunfante em sua jornada, arrebatando cidades aos persas, até chegar a Górdia, onde cortou com a espada o "Nó Górdio", o que, segundo a lenda, lhe assegurava o domínio da Ásia. Ante o irresistível avanço de Alexandre, o rei dos persas, Dario III, foi a seu encontro. Na Batalha de Isso em 333 a.C. consumou-se a derrota dos persas e começou o ocaso do grande império. Em seguida, o rei macedônio empreendeu a conquista da Síria em 332 a.C. e entrou no Egito. O sonho de Alexandre, de unir a cultura oriental à ocidental, começou a concretizar-se. O rei da Macedônia iniciou um processo pessoal de orientalização ao tomar contato com a civilização egípcia. Respeitou os antigos cultos aos deuses egípcios e até se apresentou no santuário do Oásis de Siwa, onde foi reconhecido como filho de Amon e sucessor dos faraós. Em 332 a.C. fundou Alexandria, cidade que viria a converter-se num dos grandes focos culturais da antigüidade. Depois de submeter a Mesopotâmia, Alexandre enfrentou novamente Dario na Batalha de Gaugamela em 331a.C., cujo resultado determinou a queda definitiva da Pérsia em poder dos macedônios. Morto Dario em 330a.C., Alexandre foi proclamado rei da Ásia e sucessor da dinastia persa. Seu processo de orientalização se acentuou com o uso do selo de Dario, da tiara persa e do cerimonial teocrático da corte oriental. Além disso, no ano 328 contraiu matrimônio com Roxana, filha do sátrapa da Bactriana, com quem teve um filho de nome Alexandre IV.


A tendência à fusão das duas culturas gerou desconfianças entre seus oficiais macedônios e gregos, que temiam um excessivo afastamento dos ideais helênicos por parte de seu monarca. Nada impediu Alexandre de continuar seu projeto imperialista em direção ao Oriente. Em 327 a.C. dirigiu suas tropas para a longínqua Índia, país mítico para os gregos, no qual fundou colônias militares e cidades, entre as quais Nicéia e Bucéfala, esta erigida em memória de seu cavalo, às margens do Rio Hidaspe. Ao chegar ao Rio Bias, suas tropas, cansadas de tão dura viagem, se negaram a continuar. Alexandre decidiu regressar à Pérsia, viagem penosa no qual foi ferido mortalmente e acometido de febres desconhecidas, que nenhum de seus médicos soube curar. Alexandre morreu na Babilônia, a 13 de junho de 323 a.C., com a idade de 33 anos. O império que com tanto esforço edificou, e que produziu a harmoniosa união do Oriente e do Ocidente, começou a desmoronar, já que só um homem com suas qualidades poderia governar território tão amplo e complexo, mescla de povos e culturas muito diferentes. Seu império foi dividido por seus generais: Seleucos I fundou a Dinastia Seleucida na região da Síria; Ptolomeu I fundou a Dinastia Ptolomaica no Egito; Lisimacos se apoderou da região da Trácia e Felipe III da Macedônia e Grécia. Depois de sua morte prematura, a influência da civilização grega no Oriente e a orientalização do mundo grego alcançaram sua mais alta expressão no que se conhece sob o nome de helenismo, fenômeno cultural, político e religioso que se prolongou até os tempos de Roma.

...

Obrigado ao "Indiano" que me forneceu a biografia.

Travail

Meu trabalho começa a apresentar novamente dinâmica e um novo projeto começa a despontar. Meus sonhos crescem. Um novo programa ajuda a modelagem de idéias.



Modelagem e Design Organizacional. O Visio ajuda de fato.

...

Aos navegantes: Calma que um dia eu chegarei e a gente se reorganiza à empreender.

New York, New Tork

Frank Sinatra

Arché

"Para os filósofos pré-socráticos, a arché (ἀρχή; origem), seria um princípio que deveria estar presente em todos os momentos da existência de todas as coisas; no início, no desenvolvimento e no fim de tudo. Princípio pelo qual tudo vem a ser. Segundo Rudini Sampaio, “A fonte ou origem, foz ou termo último, e permanente sustento (ou substância) de todas as coisas”. Assim, é a origem, mas não como algo que ficou no passado e sim como aquilo que, aqui e agora, dá origem a tudo, perene e permanentemente."

da wikipedia, artigo sobre Arché

Houve uma época onde os filósofos inquiriam a origem das coisas, e essa discussão só foi acabar com o conceito de átomo, significando indivisível. Essa idéia foi introduzida na história pelo filósofo Demócrito. Abaixo eis uma fábula entre Demócrito e seu mestre, Leucipo.

"Naquele tempo (430 a.C.), caminhando pelas areias próximas ao mar Egeu, o filósofo grego Leucipo disse a seu discípulo Demócrito:
"Esta areia, vista de longe, parece ser um material contínuo, mas de perto é formada de grãos, sendo um material descontínuo. Assim ocorre com todos os materiais do Universo".
"Mas, mestre", interrompeu Demócrito, "como posso acreditar nisso se a água que vemos aqui aparenta continuidade tanto de longe como de perto?"
Respondeu-lhe Leucipo: "Muitos vêem e nâo enxergam; use os 'olhos da mente', pois estes nunca o deixaram na escuridão do conhecimento. Em verdade, em verdade lhe digo: todos os materiais são feitos de partículas com espaços vazios ou vácuo entre elas. Essas particulas são tão pequenas que mesmo de perto não podem ser vistas. Muitos séculos passarão até que essa verdade seja aceita. Chegará o dia em que essas partículas serão até 'vistas' pelo homem. Ide e ensinai a todos e aqueles que nela acreditarem encontrarão respostas para as suas perguntas sobre o Universo."

também da wikipédia, artigo sobre Átomo.

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É, eu acredito no rigor do método científico como melhor explicação para a verdade.

sábado, 5 de abril de 2008

Belo Texto

... que "tem como motivo propulsor a tentativa de esclarecer a passagem do livro X das Leis de Platão, no qual o Estrangeiro de Atenas critica as concepções de natureza de todos os que escreveram peri phúseos. Segundo o autor, essa crítica se justificaria por eles nunca terem admitido a noção de "intenção" (implícita na noção de tékhne) na explicação do universo, o que estaria na base do "ateísmo" da época. Permito-me lembrar que, no Timeu de Platão, essa questão se resolve "miticamente", ou seja, através de um relato que é chamado de eikós múthos ou discurso verossímil (um discurso no qual há uma prevalência do registro da semelhança, típica da representação imagética – Timeu 29D2, 59D6 etc.). Através de uma grandiosa imagem narrativa, Timeu propõe que o mundo foi produzido por um artesão divino (demiourgós) que, tendo no horizonte as formas inteligíveis, infunde inteligibilidade no receptáculo (khóra) ou material do qual é feito o universo. Essa mistura resultaria no melhor arranjo cósmico possível, no qual a Inteligência (noûs) das leis da geometria imposta à Necessidade (anánke) resultaria num mundo ordenado e belo, ou seja, a natureza (phúsis) tal como a conhecemos e na qual está incluída também a pólis. Na medida em que os pensadores da natureza anteriores a Platão não postulam um tal deus inteligente, no início de tudo, eles seriam passíveis de serem criticados por ateísmo."

de O conceito grego de natureza, em Kriterion vol.48 no.116 Belo Horizonte July/Dec. 2007, Scielo, 2008.

Técnica

técnica
[F. subst. do adj. técnico.]
Substantivo feminino
1.A parte material ou o conjunto de processos de uma arte: técnica cirúrgica; técnica jurídica.
2.Maneira, jeito ou habilidade especial de executar ou fazer algo: Este aluno tem uma técnica muito sua de estudar.
3.Prática (4). [Cf. tecnologia.]

técnico
[Do gr. technikós, ‘relativo à arte’, pelo lat. technicu.]
Adjetivo
1.Peculiar a uma determinada arte, ofício, profissão ou ciência: termo técnico.

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Para que o homem e seu o modus vivendi pudessem perdurar precisou-se do método. Houve a padronização dos conhecimentos em métodos normativos que proferiam transformações ordenadas na física, no éter, nos sentidos, por exemplo. A operações com finalidade nos objetos físicos deu-se o nome de técnica. Esse novo saber foi preciso, segundo um antigo texto, para que coordene e discipline a ação do nómos sobre a phýsis. E a esse feixe de conhecimentos, a esses saberes especializados, dá-se o nome de tékhne.

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A palavra tékhne, de origem grega, significa um modo de saber. O homem tem modos de saber que sao exclusivamente seus, diferente dos animais. Sao modos apoiados na experiencia organizada pela memória: tékhne (arte, habilidade do homem saber modificar os objetos da natureza), phrónesis (prudencia), epistéme (ciencia), nous (inteligencia), sophia (sabedoria) e a doxa (opiniao, conhecimento do senso cumum) entre outros .

Estes seis modos de saber segundo Aristóteles derivam de um verbo grego que significa verdade ou "estar na verdade". Para um grego, a tékhne nao consiste em fazer as coisas, mas em saber fazer as coisas. O que constitui a tékhne é o momento do saber. É por isso que Aristóteles diz que é um modo, o modo primeiro e elementar, de saber, de estar na verdade das coisas. O saber da tékhne é muito superior ao da experiencia, ao empírico. O que tem tékhne, sabe melhor as coisas que o que só tem experiencia. Saber o por que é próprio da tékhne. Nao é uma simples habilidade, mas um obrar "com conhecimento de causa". O saber empírico da experiencia é particular, mas o saber da tékhne é universal. Por isso mesmo, o que tem a tékhne é o que melhor sabe comunicar e ensinar aos demais seu saber. O sabido na tékhne é "ensinável".

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Hoje admiro os tecnólogos.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Pi

Hoje estou revendo Pi. É fantástico e assustador de tão intenso. Lembrando as assumpções:

1. Matemática é a linguagem da natureza.
2. Tudo em volta de nós pode ser representado e entendido de números.
3. Se colocar em gráficos os números da natureza padrões emergirão.
4. Existem padrões em todo lugar da natureza.

Evidência: As epidemias cíclicas, a população de abelhas e a cera, a eliptica solar, o subir e descer do Nilo. E o mercado de ações? Um universo de números que representa a economia global, milhões de mãos humanas trabalhando, bilhões de mentes, uma vasta rede pulsando vida, um organismo, um organismo natural.

A hipótese: No mercado global há um padrão.

O filme: Insano!

O torrent: http://thepiratebay.org/tor/3947619/Pi.Divx3.1998

Physis e a Idade do Ouro

Se reassumirmos o conceito grego de natureza, poderemos distinguir, como ainda o continua a fazer Friedrich Hayek, entre a ordem mais próxima da natureza (physis), ou o justo por natureza, equivalente à idade de ouro da polis melhor, da boa sociedade ou do melhor regime político (politeia), e uma sucessão de ordens que lhe foram acrescentadas, desde a ordem surgida por convenção (nomos), à ordem resultante de uma decisão deliberada (thesis). Duas ordens que, aliás, têm algum paralelismo com a distinção entre o costume, resultante de uma certa evolução espontânea, e a legislação, provinda do construtivismo e procurando concretizar uma ordem nascida das intenções de um detentor do poder, através de um comando.

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Se as primeiras normas (physis ou naturalis) são regras independentes de qualquer objectivo, que concorrem para formar uma ordem espontânea, já as segundas (thesis ou positivus, donde deriva o ius in civitate positum) estão ordenadas para um determinado fim. Mas Hayek não deixa de assinalar uma terceira ordem, integrada por fenómenos que, apesar de resultarem da acção humana, não são deliberadamente construídos, nem resultado de prévias intenções humanas. Esta terceira ordem, apesar de cultivada sobre a natureza, é assim diferente da ordem confeccionada, construída ou exógena, por convenção ou deliberação, equivalendo àquilo que os gregos deram o nome de kosmos: uma ordem espontânea, amadurecida e não fabricada, endógena e auto-gerada pelo tempo. Esta perspectiva de Hayek filia-se, aliás, nas teses do moralismo escocês, desencadeador do chamado liberalismo ético.

O artigo completo aqui.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Pensamento

O espermatozóide é o inquilino mais infeliz do mundo:
Mora na casa do cacete.
Com milhões de irmãos.
O apartamento é um ovo.
O prédio é um saco.
Os vizinhos da frente, uns pentelhos.
O de traz, só faz merda.
E o proprietário, quando fica duro, bota todo mundo pra fora!

terça-feira, 1 de abril de 2008

Futebol

Philosopher's World Cup

Estocástico

from the greek "Στόχος" which means aim, guess...
http://en.wikipedia.org/wiki/Stochastic

são padrões que surgem através de eventos aleatórios...
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estocástico

proveniente del griego: "στοχαστικός", hábil en conjeturar...
http://es.wikipedia.org/wiki/Estocástico

Azar

El azar es una cualidad presente en diversos fenómenos que se caracterizan por no mostrar una causa, orden o finalidad aparente.

http://es.wikipedia.org/wiki/Azar

verbo
transitivo direto
1 dar azo ou oportunidade a; causar, motivar
Ex.: o mau tempo azou o acidente
pronominal
2 vir a propósito; tornar-se apropriado
Ex.: azou-se o ensejo que ele tanto esperava
pronominal
3 coadunar-se, amoldar-se, acomodar-se
Ex.: sua religião aza-se com suas convicções políticas

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E eu que pensava que o azar era falta de sorte, me deparo com a verdade por trás do molde. Fascinante. Processos estocásticos rulez!

Em tempo: Há o significado de má sorte, má fortuna, mas é só pra quem não conjectura a incerteza e não conhece o kosmos.

Hoje pensei também pela primeira vez mestrar em economia.

Iannis Xenakis

Iannis Xenakis (1922-2001) is a Greek composer of significant influence. Xenakis trained with one of the premier composers of electronic music, Edgar Varese. However, before his fateful encounter with Varese, Xenakis studied primarily under French composers Honegger, Milhaud, and Messiaen. His relationship with Messiaen, in particular, helped the student Xenakis explore his own forms of music, stemming from his Greek past and his profession as an architect. In his personal biography, Xenakis was injured in WWII--resulting in macabre facial scarring and the loss of one eye. Later, he became a Greek nationalist, leading to a death sentence from his British-occupied homeland.

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Não é ainda que estudoa língua grega, mas esse arquiteto do escritório de Le Corbusier, Xenakis, foi um dos pioneiros em música eletrônica e faz uma música maneiríssima, ainda mais se tratando de matematizar a composição estocasticamente! Já estou baixando uns torrents com a obra. É intensa e chaóstica, me lembrou a música das esferas de que Johannes Kepler tanto falava.

Taxonomia de Classificação Psíquica

Paranoid
Schizoid
Schizotypal
Antissocial
Borderline
Histrionic
Narcissistic
Avoidant
Dependent
Obsses/Compulsive

Em quantidades Low, Moderate, High e Very high.

Enjoy.