terça-feira, 17 de junho de 2008

Falando Grego

Tenho pensado muito em termos gregos, isso porque a matriz latina, quando tomou contato com os gregos, se fascinou e assumiu sua cultura e seus Deuses, coisa riquíssima. Cresci ouvindo que falar grego significava falar de algo que ninguém entendia, e sumariamente o estudo e a cultura grega eram pra mim motivo de piada, fossem na cultura clássica ou nas epopéias de Homero, fossem sua virtude e odisséia ética ou seus relacionamentos com seus Deuses.

Conforme o amadurecimento foi vindo, fui me flexibilizando e questionando a cultura medíocre que permeia a criação da média burguesia, o que tem me aberto cada vez mais para a cultura grega com sua riqueza abertamente educativa e politicamente pública. Havia perversão, já pensavam ter atingido a maestria tecnológica, havia a escravidão, mas a arquitetura com o mármore e as formas de Phídias cativaram e até hoje são estudados como base para muitos cursos de doutorado. Aristóteles, o Renascimento, a Política, Platão, Sócrates, o Sofismo, palavras que eram escolas filosóficas como os Cínicos, os Hedonistas, os Estóicos. Sem sombra que a matriz da nossa civilização, o real segredo vem de lá. Desde reis a filósofos, de Deuses à democracia, as palavras e as idéias que povoam o imaginário que vivemos têm muito da marca da Grécia.

A razão deste post foi uma palavra em especial: Areté. A excelência. que falo outro dia.

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