quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A Escola Austríaca de Economia

Ubiratan Iorio, um liberal que ao completar o ciclo básico da pós-graduação na FGV-Rio conseguiu avanços interessantes na teoria do Estado Mínimo da Escola Austríaca de Von Mises, Hayek e cia, tem uma perspectiva derivada da economy Austríaca que causa boas impressões, por estar em voga com conceitos espaço-temporais mais contemporâneos do que a escolástica básica de Economia com que tive contato na UFRJ, de perspectiva desenvolvimentista.

Tal Escolástica leva o tempo em termos absolutos, com predicados de homogeneidade, continuidade matemática e inércia causal, como nos tempos newtonianos. Para isto, o espaço amostral supostamente seria a própria expressão do universo e teria em si a homogeniedade do espaço euclidiano, a continuidade de uma função linear e consequentemente todos os predicados causais na condição inicial. Tal concepção é errônea, visto que o sistema espaço-temporal é relativo a partir das concepções de Einstein, e por isto o sistema é muito dependente das condições iniciais, que mudam de forma dinâmica (não-linear). Para a realidade cosmológica contemporânea, predicados econômicos da escola austríaca como continuidade dinâmica, heterogeneidade e eficácia causal detem mais função utilitária do que mecânicas newtonianas para físicas de aspectos subjetivos quasi-quânticos como o valor.

Aliás, o valor é a base para a praxeologia dos economistes austríacos. Na teoria de Mises, um dos teóricos da escola, a ação é qualquer ato deliberado com o intuito de passar de um estado para outro mais satisfatório, aumentando o valor. Por isto atos econômicos estão seminalmente contidos na praxeologia austríaca, e o teoria econômica se constrói a partir do estudo da ação humana, que é a busca pelo valor.

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