sábado, 14 de março de 2009

A descoberta da Imortalidade


Que tipo de associações a palavra “fênix” (substantivo comum ou próprio) traz à sua cabeça? Nos últimos dias, ao menos para mim, ela conjura imagens dos recentes gols de Ronaldo Fofômeno, digo, Fenômeno, o maior especialista em ressurgir das cinzas do futebol brasileiro. Também me lembra um conto de Neil Gaiman (ele mesmo, o homem da série de quadrinhos “Sandman”) sobre uma sociedade gastronômica que captura, cozinha e come a própria ave Fênix da mitologia, com consequências interessantes. A verdadeira fênix, entretanto, não tem asas, mas tentáculos, e já invadiu os mares do mundo inteiro. Seu nome é Turritopsis nutricula, e ela é uma água-viva.

Se as observações feitas em laboratório estiverem corretas, a T. nutricula é o único animal do nosso planeta a alcançar a imortalidade biológica. Tal como a ave da mitologia, ela alcance o auge do seu ciclo de vida e se reproduz para, num passe de mágica celular, retornar à configuração que tinha no início. Compreender direito esse bicho maluco pode ser a chave para determinar de uma vez por todas se o envelhecimento e a morte são inseparáveis da nossa condição de seres vivos complexos ou se eles são o subproduto de processos que podem ser retardados ou evitados por completo.


Matéria completa em Visões da Vida

Nenhum comentário:

Postar um comentário