terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Champignose

Para Aristóteles, a filosofia é essencialmente teorética: deve decifrar o enigma do universo, em face do qual a atitude inicial do espírito é o assombro do mistério. O seu problema fundamental é o problema do ser, não o problema da vida. Seu objeto próprio da filosofia são as essências imutáveis e a razão última das coisas, o universal e o necessário, as formas e suas relações. No entanto, as formas são imanentes na experiência, nos indivíduos, de que constituem a essência.

A filosofia aristotélica é, portanto, conceptual como a de Platão, mas parte da experiência; é dedutiva, mas o ponto de partida da dedução é tirado mediante o intelecto da experiência.

A filosofia, pois, segundo Aristóteles, dividir-se-ia em teorética, prática e poética, abrangendo, destarte, todo o saber humano, racional. A teorética, por sua vez, divide-se em física, matemática e filosofia primeira (metafísica e teologia); a filosofia prática divide-se em ética e política; a poética em estética e técnica.

Aristóteles é o criador da lógica, como ciência especial, sobre a base socrático-platônica; é denominada por ele analítica e representa a metodologia científica. Foi dito que, em geral, a ciência, a filosofia - conforme Aristóteles, bem como segundo Platão - tem como objeto o universal e o necessário, pois não pode haver ciência em torno do individual e do contingente, conhecidos sensivelmente.

Sob o ponto de vista metafísico, o objeto da ciência aristotélica é a forma, como idéia era o objeto da ciência platônica. A ciência platônica e aristotélica são, portanto, ambas objetivas, realistas: tudo que se pode aprender precede a sensação e é independente dela...

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