domingo, 27 de julho de 2008
O'Reilly e Dawkings
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Fico dividido nessas opiniões, porém o que seria do mundo sem a mensagem de amor que o nazareno deixou de legado? Em conformidade com o argumento de O'Reilly, tanto Stalin, Mao Tsé e Hitler fram ateus; o que seria do mundo se não houvesse a metafísica da eternidade?
Por um lado, haveria normalmente uma emergência de revoluções e uma transformação social violenta, culminando novamente na emergência de uma nova aristocracia, ou na coerção dos mais fracos, que é o que já acontece hoje, pelo viés de discussão da alienação. E naturalmente uma nova metafísica seria instituída para o povão, com novas emergências de líderes e formação de sindicatos e política e tudo o que já acontece hoje. A solução então para o fim da escravidão, mesmo a sutil, é pela educação, pela palestra, pelo conhecimento dos fatos e dos sistemas que compõe a experiência humana, com seus fluxos e estoques.
Mas para que haja essa vontade de emancipação do povo, os líderes teriam que ser também professores, e não usurpadores ou tiranos, até porque a seletividade extrema impede a diversificação dos genes e por isso facilita o aparecimento de doenças congênitas. Por isso, a miscigenação e o processo integrador são partes fundamentais na evolução da consciência civilizadora, e não vejo outro mito mais interessante do que o Cristo nessa história. Não o Cristo histórico, mas a noção de "unção", para que possa-se trabalhar com outras coisas enquanto o Cristo vai lá e sangra pelo ideal.
Embora a ciência que Dawkings faz é real e bela, ainda não há a consciência antropológica e sociológica suficientes para uma emergência de um paradigma mais interessante.
Talvez quando tivermos colonizado outros planetas.
Felizes daqueles que sabem.
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