O curso de filosofia positiva não mora nas páginas do livro nem na mente de Augusto Comte. A filosofia positiva mora no ventre de toda mãe, no ideal de cada pai, no coração de cada bondade. Ser positivo não é necessidade; é escolha, é o saber da fé. O positivismo, como ficou conhecido o sistema de idéias geradora da sociologia, começa pela matemática e termina no estudo do homem social, e é tão mal incompreendido quanto foi a filosofia da história de Marx.
Insinuante é o nome do canal pra essa teoria: Augusto Contador, numa tradução livre. Os trechos abaixo são do artigo da Wikipedia, que pode ser lido inteiro aqui.
"Tudo é relativo, eis o único princípio absoluto" (1819)
"Todas as concepções humanas passam por três estádios sucessivos - teológico, metafísico e positivo -, com uma velocidade proporcional à velocidade dos fenômenos correspondentes" (1822) (a famosa "lei dos três estados").
A filosofia positiva de Comte nega que a explicação dos fenômenos naturais, assim como sociais, provenha de um só princípio. A visão positiva dos factos abandona a consideração das causas dos fenômenos (deus ou natureza) e torna-se pesquisa de suas leis, vistas como relações abstratas e constantes entre fenômenos observáveis.
Comte apresenta sete definições para o termo "positivo": real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático.
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Certamente alguns comunicadores e estadistas verão a oportunidade da formação de um corpo de controle científico-social que resultaria num totalitarismo, porém o cerne da filosofia positiva está a certeza da relatividade, fórmula física canalizada mais de 100 anos depois por Einstein. A república do Brasil foi fundada por positivistas, que colocaram seu lema na nossa bandeira: Ordem e Progresso; infelizmente ainda são os oligarcas que sugam o solo com monoculturas que ainda prospectam na política.
Um dia isso mudará, e essa afirmação pode ser considerada positivista. O que definitivamente é não-niilista.
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