segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
Os Axiomas de Zurich
domingo, 30 de dezembro de 2007
Em linhas gerais
Tal concepção de Platão também é conhecida por Teoria das Idéias ou Teoria das Formas. Foi desenvolvida como hipótese no diálogo Fédon e constitui uma maneira de garantir a possibilidade do conhecimento e fornecer uma inteligibilidade relativa aos fenômenos.
sábado, 29 de dezembro de 2007
Do lado esquerdo do peito
que a distância não esquece,
que a maldade não destrói.
É um sentimento que vem de longe,
que ganha lugar no seu coração
e você não substitui por nada.
É alguém que você sente presente,
mesmo quando está longe...
Que vem para o seu lado quando você está sozinho
e nunca nega um sentimento sincero.
Ser amigo não é coisa de um dia,
são atos, palavras e atitudes
que se solidificam no tempo
e não se apagam mais.
Que ficam para sempre como tudo que é feito
com o coração aberto.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Penso, logo existo
Fonte: Yahoo News
O que me teve atenção nessa notícia foram os 2 adjetivos juntos, o bookish e o well-read. Quão interessante pro sujeito é esse resultado qualitativo! Pena que a inteligentsia nacional ainda não estruturou o parque de softwares e a programação para tempo compartilhado num nível mais integrante. Nem tenha uma plataforma decente, nem uma inclusão patrimonialista.
War in Rio, o jogo
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Há 2.500 anos atrás
- Com efeito.
- E que mais? Se outra coisa não faz e evita todo o comércio com as Musas, não sucederá que, por não se aplicar a nenhuma espécie de estudo ou investigação, nem poder participar de qualquer discussão ou exercício musical, aquela inteligência que por acaso possuir venha a atrofiar-se e ficar como surda e muda por falta de algo que a alimente e desperte, varrendo a névoa que lhe tolda os sentidos?
- É verdade."
Platão
.Retirado de uma comunidade do orkut chamada "adote um playboy"
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Infinito Particular...
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
Países Baixos
Da compra, da venda, das trocas, das pernas
Dos braços, das bocas, do lixo, dos vícios, das fichas
Sou Ana das loucas
Até amanhã, sou Ana
Da cama, da cana, fulana, bacana
Sou Ana de Amsterdam
Eu cruzei um oceano
Na esperança de casar
Fiz mil bocas pra Solano
Fui beijada por Gaspar
Sou Ana de cabo a tenente
Sou Ana de toda patente das Índias
Sou Ana Oriente, Ocidente, acidente, gelada
Sou Ana, obrigada
Até amanhã, sou Ana
Do cabo, do vaso, do rabo, dos ratos
Sou Ana de Amsterdam
Arrisquei muita braçada
Na esperança de outro mar
Hoje sou carta marcada
Hoje sou jogo de azar
Sou Ana de vinte minutos
Sou Ana da brasa dos brutos na coxa
Que apaga charutos
Sou Ana dos dentes rangendo
E dos olhos enxutos
Até amanhã, sou Ana
Das marcas, das marcas, das barcas, das pratas
Sou Ana de Amsterdam."
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Enki
Ô, demorou pra eu descobrir a gênese do capricórnio...
Star Trek
domingo, 23 de dezembro de 2007
Assim falava Zarathustra
Dessa divindade suprema emanam seis espíritos, os Amesas Spenta (Imortais Sagrados), que auxiliam Aúra-Masda na realização de seus desígnios: Vohu-Mano (Espírito do Bem), Asa-Vahista (Retidão Suprema), Khsathra Varya (Governo Ideal), Spenta Armaiti (Piedade Sagrada), Haurvatat (Perfeição) e Ameretat (Imortalidade).
Zarathustra na Wikipédia
sábado, 22 de dezembro de 2007
Siddharta
-Herman Hesse
nunca pensei que leria isso onde encontrei hoje, mas fez bastante sentido, entretanto. se continuares insistindo na loucura serás sábia algum dia, diria eu.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
The Healing Law of Synergetics
Mais em Synergetics, Wikipedia. Neguentropia aqui e aqui.
Hair
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
dos Santos
inda que grata,
Cumpras por própria.
Manda no que fazes,
Nem de ti mesmo servo.
Ninguém te dá quem és.
Nada te mude.
Teu íntimo destino involuntário
Cumpre alto.
Sê teu filho."
F.Pessoa.
domingo, 16 de dezembro de 2007
sábado, 15 de dezembro de 2007
O Zodíaco e a Lâmpada
Quantos taurinos? Nenhum: Taurinos não gostam de mudar nada.
Quantos geminianos? Dois (é claro). Vai durar o fim de semana inteiro, mas quando estiver pronto a lâmpada vai fazer o serviço da casa, falar francês e ficar da cor que você quiser.
Quantos cancerianos? Somente um. Mas levará três anos para um terapeuta ajudá-lo a passar pelo processo.
Quantos leoninos? Um leonino não troca lâmpadas, a não ser que ele segure a lâmpada e o mundo gire em torno dele.
Quantos virginianos? Vamos ver: um para girar a lâmpada, um para anotar quando a lâmpada queimou, e a data em que ela foi comprada, outro para decidir de quem foi a culpa da lâmpada ter sido queimada e perguntar, dez para decidir como remodelar a casa enquanto o resto troca a lâmpada...
Quantos librianos? Bom, na realidade eu não sei. Acho que depende de quando a lâmpada foi queimada. Talvez só um, se for uma lâmpada comum, mas talvez dois se a pessoa não souber onde encontrar uma lâmpada, ou ...
Quantos escorpianos? Mas quem quer saber? Por que "você" quer saber? Você é um policial?
Quantos sagitarianos? O sol está brilhando, está cedo, nós temos a vida inteira pela frente, e você está preocupado em trocar uma lâmpada estúpida?
Quantos capricornianos? Nenhum. Capricornianos não trocam lâmpadas - a não ser que seja um negócio lucrativo.
Quantos aquarianos? Vão aparecer centenas, todos competindo para ver quem será o único a trazer a luz ao mundo.
Quantos piscianos? O quê? A luz está apagada?
domingo, 16 de setembro de 2007
Homemúsica, de Michel Melamed
"Podia ser em qualquer direção que o sentido seria um só. Os paus-de-arara, ônibus, carroças e caminhões, todos atravessam o país sem fazer cócegas, carinho ou cicatriz. O mapa parece intocado apesar do trajeto incessante. Como um carrinho de mão por sobre a terra este rastro deveria ficar marcado, este percurso merecia se fundir ao chão, afundá-lo. Essas estradas que ligam o norte e o sul do país, pelas histórias que carregam, deveriam estar abaixo do nível do mar.Mas não é assim que banda nenhuma toca. E é por isso que tem cidade grande e cidade pequena. Tem a cidade que manda e a que corre atrás da bolinha, traz os chinelos. É cidade catando migalha, cidade de quatro pra cidade, chupando o pau de cidade, tomando cascudo e vomitando sobre a outra que agradece dada a penúria. E maioria em volta em silêncio. De vez em quando o som das rodovias rompe esse silêncio, mas não muda nada não. Porque as cidades estão só brincando, são como crianças. Crianças perversas maltratando-se umas às outras. Daí tem a cidade maiorzona, desengonçada e má, que bate em todo país, mas que mais dia menos dia vai levar porrada de todas juntas ou de uma pequena, que então vai virar herói e namorar a cidade mais bonita daquela região..."
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Signos e Transcriação
Algo interessante num símbolo é que ele costuma representar imageticamente a mesma idéia em toda parte do Globo, embora com juízos morais diferentes. Então, apesar das idéias serem as mesmas, as práticas são diferentes pelos humores e culturas de cada povo. Isso se manifesta na forma de expressar o que há na mente, a linguagem.
Estudos hoje em dia em filologia estão transformando a forma de tradução e transcrição de textos clássicos, por causa de um estudo mais aprofundado dos radicais nas nuances e práticas simbólicas de um povo, o que finalmente traz ao assunto desse post: a coleção Signos, da Editora Perspectiva, dirigida por Haroldo de Campos. A grande sacada do Haroldo foi o neologismo Transcriação, que ele bem cunhou pra dizer que não transcrevia os textos das suas linguagens de origem, e sim transcriava pela procura na gênese da linguagem as idéias fundamentais que estariam simbolizadas no texto. Todos os livros dessa coleção são transcriados nessa ótica.
Destes eu já li Bere'shit, do próprio Haroldo de Campos, e agora leio As Bacantes, de Eurípedes, transcriado por Trajano Vieira. São experiências filologicamente fascinantes. Copio aqui um trecho da apresentação de As Bacantes:
"Excêntrico ao Cosmos, marginal ao Olimpo, Dioniso volta à cena para assumir o papel de símbolo. O exílio é um aspecto essencial de sua biografia, constitui o âmago da figura mitológica grega mais recorrente no imaginário social. Sua expressão é arquetípica, se considerarmos que as mais distintas manifestações de transe, de êxtase e de transgressão possuem algo do deus do vinho. O teatro é o espaço privilegiado por esse personagem que adota a máscara sorridente como signo da invenção. Invenção do gesto, mas também da identidade e, sobretudo, da linguagem. Avesso à redundância, Baco ri de quem resiste à renovação e o pune com a loucura. Penteu representa o chefe de Estado obtuso, cujo poder presumido sofre implosão.
...
O rompimento do esquema hierárquico está conectado com a invenção artística."
Isso me lembrou a absolvição criminosa de Renan Calheiros, e a mentira de alguns quando da apuração pública dos votos. A politicagem lá de Brasília realmente precisa de um jeito dionisíaco.
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
O Bambu Chinês
Depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada por aproximadamente 5 anos, exceto um lento desabrochar de um diminuto broto a partir do bulbo. Durante 5 anos, todo o crescimento é subterrâneo, invisível a olho nu, mas... uma maciça e fibrosa estrutura de raiz que se estende vertical e horizontalmente pela terra está sendo construída. Então, no final do 5º ano, o bambu chinês cresce até atingir a altura de 25 metros. (Trecho de um texto recebido de Léo Pope)
Um pouco de Agricultura Celeste pra animar o dia.
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Desejo e Ethos
O gosto disso é tão revelador que foi motivo de estudo de Jacques Lacan, e aliás foi ele mesmo quem escreveu essa frase em um dos seus seminários. Fiquei sabendo disso lendo um artigo da revista The Symptom, em Lacan.com. Fiquei realmente impressionado e entusiasmado com a idéia, e de começo aqui vai um pedaço do texto, de autora Janne Kurki:
"The hour of truth implies that the letter—which cannot be divided—must enter into articulation (the order of the Law based on divisions, that is, on the structures of differences) without being melted into it. In the terms of Seminar VII, little by little we learn—that is, experience—that the goods we are after are not the Thing. This is the presupposition for the clinical effect of speaking cure: it creates the separation from the (m)Other. By saying aloud the things that have articulated our life (and death), we find out that they are not what we are after, that they are just changeable goods, represented by the Other in order to incorporate us into its system. We are part of it, but we are also something else and it is this “something else” that both bothers/haunts us (our “symptoms”/ sinthomes) and liberates (cures) us."
Essa descoberta me lembrou a Antropofagia dos visionários de 22, que se manifesta na "ciência do ajuste" nas palavras seguintes:
"The descriptive side of the arrival of the letter informs us of the experience-based success of psychoanalytic process and its relationship to the hour of truth: the letter will arrive at an articulation and because of this the truth will be said. However, this truth has its non-said side (alētheia implies its lētheia) which is its presupposition. In terms of eating one's Dasein, this means that—therapeutically—you must eat your Dasein at the hour of truth and—according to psychoanalytic experience—you will do it. Needless to say, the taste of Dasein is singular."
Não preciso dizer também que esse Weblog vai falar das complexidades e paradoxos, exatamente degustando os Dasein das mais diversas classes e posições a regurgitar novas formas, como bom taurino que sou.
E que o bom humor me guie na vereda da justiça.